quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Os Jovens Cristãos de Neuquén


Nestes dias atuais, num tempo em que a Igreja é tachada de retrógrada e de antiquada cujas doutrinas não condizem mais com a modernidade, como é possível sermos cristãos autênticos?

A doutrina cristã católica, fundamentada na palavra de Deus e apoiada no testemunho dos apóstolos, mártires e santos, é verdadeira pois sua essência são as palavras “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” ditas por Jesus Cristo. Portanto, a doutrina da Igreja Católica é verdadeira, é a única que segue no caminho de Cristo e, além de tudo, é a doutrina que ama, valoriza e defende a vida como o dom por excelência que o Criador dá ao mundo e, acima de tudo, ao ser humano.

O caminho que a Igreja Católica segue e ao qual ela chama todos os homens para também nele caminhar é o caminho que conduz diretamente ao Reino de Deus. É um caminho difícil e doloroso. E quanto a isso Jesus foi bem claro e a Igreja, fiel ao seu ensinamento, também reconhece o quão difícil e doloroso é caminhar rumo aos braços do Senhor. A Igreja sempre deixou bem claro que o caminho é áspero, estreito e cheio de espinhos e, mais ainda, que este caminho passa pelo calvário antes de atingir as portas do paraíso. Foi o que o Senhor disse e é o que a Igreja crê e prega.

Só há uma verdade e essa verdade é crer em Deus. Ponto final. Não existem outras verdades; não existe outra verdade! Só há uma verdade, a que Jesus ensinou e mostrou ao mundo! Assim, essas novidades que tantos apregoam por aí, cheios de vã sabedoria, essas novidades não passam de mentiras vazias cujo único fim é a perdição.

A vida, o dom de Deus por excelência, tem um valor inestimável. A vida humana possui um valor infinitamente maior e sua preciosidade vai além de toda e qualquer riqueza que há ou venha a existir. Por isso, a Igreja é muito clara e determinada quando se trata de defendê-la e promovê-la. Não há como abrir exceções e a Igreja não abre exceções: todo ser humano tem o direito à vida! Não existe um “se” ou um “mas”. Se a pessoa se torna um santo ou não, isso é uma decisão que cabe à própria pessoa durante a sua vida. Não cabe à Igreja determinar; cabe a cada um a escolha livre de seguir o caminho da glória ou o caminho da perdição. O que cabe à Igreja fazer, isto é, revelar ao mundo a verdade que é a Palavra de Deus, ela o faz dia e noite sem parar e em todos os cantos do mundo.

Há pouco tempo, houve na cidade argentina chamada Neuquén um acontecimento que, dadas as suas proporções de tristeza e dor, não pode passar despercebido.

Naquela cidade ocorreu uma reunião de pessoas favoráveis ao aborto. Como é costumeiro acontecer em toda cidade onde acontece uma reunião dessas, após o evento acabar saíram seus participantes em passeata pelas ruas com a intenção prévia de passar em frente à igreja matriz local para se manifestarem contra a doutrina de vida pregada pela Igreja Católica. Como já ocorrido em diversas outras cidades, ao chegarem às portas da igreja os manifestantes pró-aborto praticam atos de vandalismo e depredação contra o templo. E em Neuquén não foi diferente, infelizmente.

Entretanto, ao chegarem em frente à igreja matriz local, encontraram diante de suas portas um batalhão de rapazes e moças, todos em pé em ordem de batalha, e todos armados! E quais eram suas armas? A oração e a fé em Deus eram suas armas! Todos rezavam em voz alta, todos em fileiras de batalha, rapazes à frente e moças atrás destes diante da igreja rezavam!

A multidão de mulheres abortistas, ensandecida e furiosa, começou a agredi-los com palavras e com gestos de desprezo. Numa cena uma mulher cuspe na face de um dos homens e, como Cristo fez, ele permaneceu imóvel e continuou rezando. As manifestantes enfurecidas lançaram todo tipo de gritos e de palavras ofensivas contra os jovens católicos e estes, firmes e determinados, todos permaneceram como rocha rezando em voz alta.

As cenas foram das mais terríveis que o ser humano pode imaginar! Gritos, ofensas, agressões físicas... como pode o ser humano menosprezar tanto assim a vida de seu semelhante, que ainda nem sequer nasceu, a ponto de cometer atos tão selvagens e bárbaros como aqueles?

Aqueles jovens, homens e mulheres que rezavam, se quisessem poderiam se defender de toda a selvageria da multidão enlouquecida que pregava e defendia a morte. Mas não moveram um dedo sequer em resposta aos agressores, da mesma forma como Cristo também não moveu um dedo sequer contra aqueles que o torturaram. E o que dizer dos embriões e fetos que são abortados? Eles nem sequer podem de defender! Nem sequer têm consciência para se defender!

Os jovens de Neuquén rezavam a Deus em defesa da vida com palavras e com sua atitude de cristão. As crianças que são abortadas rezam a Deus com o sacrifício de sua vida inocente. E Deus escuta e acolhe a oração de cada embrião e de cada feto abortado.

O mundo cultua a morte e não a vida. É uma afirmação forte? Claro que sim! Ora, quem defende a prática de aborto está prestando culto a quem senão à morte? E cultuar a morte é o mesmo que cultuar o diabo.

Defender e valorizar a vida, desde a sua concepção até o seu fim natural, é prestar a Deus um culto santo e agradável. Mais ainda, é viver as palavras de Jesus que tanto amou e defendeu a vida enquanto esteve historicamente no mundo. O seu amor pela vida foi tão grande, realmente infinito, que ele entregou a sua vida preciosa para que todos os homens e mulheres tivessem vida eterna! E hoje, passados dois mil anos, ainda tem tanta gente de cabeça dura que não consegue entender o que o Senhor fez!

Nilson Antônio da Silva

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Segredo da Vida


Desde que o mundo é mundo e que as pessoas questionam sobre a grande e misteriosa aventura do ser humano na terra, muitos têm buscado descobrir o segredo da vida. Alguns procuraram no topo das montanhas de neves eternas, outros nas ilhas distantes perdidas no meio do oceano, outros, ainda, no coração das imensas selvas... entretanto, quem pode dizer que encontrou?

Aventureiros talvez tenham alguma informação, os filósofos provavelmente falarão com segurança sobre este segredo, os homens de bom senso terão respostas satisfatórias. Mas, quem pode ter a reposta exata? Sem dúvida alguma, aqueles que voltam seus ouvidos para as palavras de vida de Cristo.

As pessoas que procuram por conforto dificilmente entenderão do que falo; quem almeja fama, poder e glória nem sequer voltará os olhos para estas palavras e menos ainda terá tempo para ouvir a Palavra de Deus. Quem procura por segurança e bem-estar neste mundo não encontrará nunca o segredo da vida. Ainda que procure, não encontrará. E por quê? Porque, para encontrar o segredo da vida, é preciso antes de tudo abrir mão de muitas coisas, a começar pela própria vida. E digo isto apenas repetindo o que o meu Senhor disse há dois mil anos atrás. Ora, para ganhar a vida é necessário antes perder a vida. Contraditório, não? Mas é mesmo. E mais ainda, é preciso perder a própria vida e todos os confortos que o mundo oferece também. Exigente o Senhor, não? Uns dirão que são palavras absurdas, exigências duras demais... outros, dirão ainda que é a mais pura loucura fazer uma coisa dessas, abrir mão até da própria vida... e mais ainda! Quem pode escutar essas coisas absurdas, dar ouvido a palavras tão fora da realidade?!

A resposta é curta e grossa: muitos escutam e muitos seguem essas palavras e por elas dão a própria vida! Abandonam tudo e se entregam à sabedoria da Palavra de Deus. Ao mergulhar nesta Sabedoria encontram a verdadeira realidade, que é a realidade perfeita e absoluta. E é nessa realidade que está a verdadeira vida, a que não se extingue nunca, pois é eterna. É nessa realidade que não há mais dor nem lágrimas, pois “o Senhor enxuga todas as lágrimas”. É para encontrar essa realidade que vale a pena abrir mão da própria vida. Essa realidade, que é perfeita, é a casa do Senhor, é o reino que o próprio Deus criou e preparou desde toda a eternidade para todos e cada um de seus filhos.

Quando conseguimos entender a grandiosidade e a infinita bondade da vontade de Deus em nos querer eternamente em sua casa, tudo neste mundo se torna como pó sem valor que é levado pelo vento. E foi por entender isto que os patriarcas, profetas e apóstolos disseram que neste mundo “somos apenas estrangeiros que vivem em tendas, sem morada fixa”, como Abraão fez. Jesus, em certa ocasião, também disse que “não devemos nos preocupar com o dia de amanhã, pois Deus tudo providencia para que possamos viver”.

Entretanto, é preciso ressaltar que ser estrangeiro neste mundo não significa ser alienado, ou seja, permanecer fora dos sofrimentos e alegrias de cada dia. Neste ponto, Jesus foi muito claro ao afirmar que “quem não toma a sua cruz de cada dia e não o segue não é digno do Reino de Deus”. Tomar a cruz de cada dia é viver a cada dia com intensidade, usufruindo das alegrias e enfrentando as dificuldades, igualzinho o Senhor fez. O mundo é obra de Deus e portanto é bom; o que o tornou um lugar corrompido foi o pecado. Assim, toda a maldade que há no mundo é fruto dos pecados cometidos pelos homens.

Finalmente, eis o grande segredo da vida: o segredo da vida é amar a cruz! Este foi o segredo que Jesus revelou em palavras e ações a todos os homens!

Nilson Antônio da Silva

sábado, 9 de agosto de 2008

QVO VADIS DOMINVS


Aonde vais, Senhor? Foi a indagação do apóstolo a Jesus na estrada romana. E o Senhor, com firmeza e certamente cheio de ternura, apenas lhe disse que ia a Roma para ser novamente crucificado. Sem esperar, o Apóstolo retornou à cidade... e foi crucificado.

Mesmo hoje, dois mil anos passados, todos os dias o Senhor está indo para ser crucificado novamente. E quem o crucifica a cada dia? São seus juízes, acusadores e carrascos todos aqueles que insistem em destruir a palavra de Deus. E como destroem a palavra do Senhor? Destroem-na quando exploram os fracos, pois os fracos têm por defensor o próprio Deus; destroem-na na destruição da criação, pois a natureza inteira é reflexo da glória de seu Criador; destroem-na quando assassinam crianças ainda no útero e colaboram com assassinos que as exploram quando já nascidas; destroem-na ao idolatrar o egoísmo e a auto-suficiência enquanto condenam a caridade e a humildade; destroem-na ao condenar e perseguir mais uma vez aqueles que seguem as palavras de Jesus; destroem-na ao ridicularizar a palavra do Evangelho... Tudo isso, hoje em dia, vai tomando conta da sociedade em que vivemos.

Já diziam os profetas e apóstolos que somos apenas peregrinos neste mundo. Não pertencemos a este mundo. Pertencemos ao Reino de Deus. Mas, como seguimos a palavra de Deus e, portanto, queremos construir já aqui o seu Reino, então vem a perseguição. Com a perseguição, o final é o alto de uma cruz. Mas isso não é motivo de desespero. Se aquele a quem seguimos olhou o mundo do alto de uma cruz e, à beira da morte, ainda derramou seu perdão sobre aqueles que o matavam, cada um de nós também deve carregar a sua cruz e fazer como o Senhor fez.

O mundo, isto é, a pessoa que vive conforme os valores de egoísmo e de morte, não consegue compreender a palavra de Deus. Nunca conseguiu. E olhe que Deus insistiu tanto, quis tanto ser ouvido e, mais ainda, ser compreendido! Pela boca de tantos profetas, o Senhor falou e poucos escutaram. O mundo não quis ouvir! Pelo sangue de tantos mártires, o Senhor falou e poucos entenderam. O mundo, como sempre, não quis ver nem ouvir!

Assim, todos os dias Jesus está sendo crucificado novamente. Portanto, que tenhamos a coragem de Pedro para voltar sempre a Roma para ser crucificado. Não fujamos para longe da cruz! E Roma, hoje em dia, está em todo lugar perseguindo os cristãos. Roma, hoje, é constituída não mais por muros de pedra, mas por governos e órgãos internacionais e por grande parte da mídia! Tenhamos, pois, sabedoria para identificar a Roma que nos crucificará.

Nilson Antônio da Silva

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Os Caminhos do Senhor


Desde os primeiros tempos, muitos profetas e santos sempre tiveram em sua vida a certeza de que Deus dispõe bem todas as coisas. A vontade do Senhor manifesta-se em sua obra e, em todos os tempos e em todos os lugares, sua presença é o que dá a vida e a mantém existindo. O Senhor, quando nos indica um caminho a seguir, sabe bem o que está fazendo. Ele, que é bom e carinhoso, dispõe o melhor caminho que é de sua vontade para nos levar à sua mesa.

Todos nós seguimos um caminho. E este caminho que seguimos deve conduzir-nos à casa do Senhor. O caminho em que andamos, muitas vezes, dá tantas voltas e torna-se tão difícil de percorrer, que nossos pés se cansam e, assim abatidos, desejamos parar. Mas Deus não quer que fiquemos parados, à beira do caminho da vida, a contemplar o sol nascente e o sol poente. É de seu agrado que continuemos sempre caminhando, mesmo debaixo de tempestades e com os olhos empoeirados. É de seu agrado que nunca desistamos, porque Ele jamais desiste de cada um de nós.

Enquanto caminhamos, muitas vezes também caímos sob o peso que a vida nos traz. Mas isso não é motivo para cair em desespero e abandonar a jornada. Jesus, nos últimos momentos de sua vida aqui na terra, caiu sobre a poeira do chão de Jerusalém. E foram três quedas! E sobre seus ombros havia uma cruz – uma pesada cruz. Ele seguiu até ao topo do monte, vestindo-se com a humildade do pó dos filhos de Eva. Jesus, que poucos dias antes, noutro monte, havia mostrado aos olhos humanos todo o esplendor de sua glória, revestiu-se de humildade e seguiu caminhando para o alto do monte calvário.

Caminhar não é fácil, mas é necessário. Assim como aos pássaros certamente não é fácil voar ou aos peixes também possa não ser fácil nadar, para viverem tanto uns quanto outros precisam voar e nadar respectivamente. Pássaro que não voa não é pássaro e peixe que não nada não é peixe. Desta forma, gente que não caminha, que não quer andar, também deixa de ser gente. E gente só pode ser gente e nada mais!

Portanto, saibamos agradar ao Senhor e seguir em seu caminho. O caminho do Senhor pode ser mais difícil e menos confortável, mas, quando termina, deixa-nos nas portas da casa de Deus. E esta é uma verdade maravilhosa, capaz de tornar insignificante toda e qualquer tempestade que cair sobre nós durante a caminhada!


Nilson Antônio da Silva

terça-feira, 8 de julho de 2008

“Envia Teu Espírito, Senhor, e Renova a Face da Terra”


Palavras bonitas são estas, com tão profundo significado e tão envolvente esperança para o mundo.
Nestes tempos em que a humanidade mergulha em densas trevas de egoísmo, em que a vida vai perdendo para os valores da morte, a palavra de Deus vem em socorro daqueles que, desesperados e desanimados diante de tanta dor e sofrimento, esperam e confiam em seu Criador. A vida, que é reflexo da glória de Deus, é ameaçada e desvalorizada por aqueles que cultuam a si mesmos e aos próprios projetos egoístas. Todo aquele que fere e destrói a obra de Deus, põe-se contra a vontade do Senhor e, voluntariamente, vai se afastando da Fonte da Vida e mergulha irremediavelmente nas profundezas da ausência de Deus, isto é, nos abismos escuros do inferno.
Ora, a vida de inocentes é ameaçada e, para grande desgraça de todos nós, tal ameaça tem o aval da sociedade em que vivemos. Como pode um ser humano, que possui alma e é gente desde o momento de sua concepção, gritar de dentro do seio de sua mãe que deseja viver e admirar as estrelas do céu e sentir o calor do sol? Não lhe é possível fazer isso, mas nem por isso ele deixa de ser gente e se torna uma coisa sem alma, como se não passasse de um pedaço daquela que o gerou.
Vivemos numa sociedade cujos deuses são o hedonismo e a morte. Vivemos numa sociedade cujos valores estão fundamentados no mais refinado egoísmo. Vivemos numa sociedade que levanta a bandeira do serviço voluntário numa mão enquanto ergue uma arma na outra.
E nós, que cremos em Nosso Senhor, que podemos esperar? Como o profeta antigo já dizia, neste mundo somos apenas peregrinos em busca da Pátria Celeste. Viemos de Deus porque Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Assim, sentimos como que uma imensa saudade da casa de Deus, isto é, do Céu, e ansiamos pelo dia em que viveremos eternamente junto de nosso Criador. Entretanto, isto não é motivo nem razão para nos alienarmos das dores, sofrimentos e erros em que a sociedade mergulha de cabeça. Como filhos de Deus, somos co-responsáveis pelos cuidados para com a sua obra. Torna-se um grave erro de nossa parte quando cedemos à tentação covarde de abandonar nossos semelhantes e irmãos em seus próprios erros e caminhos de morte. Se fizermos isso, estamos cultuando o deus do egoísmo e, certamente, não seremos recebidos pelo Senhor ao final de nossa peregrinação aqui na terra.
É triste ver tanta dor ao nosso redor, é doloroso saber que pouco podemos fazer diante de uma cultura massificadora que gera morte e prazer desenfreado. Tantas vezes, nestes últimos tempos, a voz daqueles que crêem em Deus é abafada pelo grito daqueles que cultuam a morte. E quem cultua a morte? São adoradores da morte aqueles que defendem e apóiam o aborto, aqueles que defendem e apóiam a eutanásia, aqueles que exploram os mais simples e humildes, aqueles que se aproveitam sexualmente de crianças e adultos, aqueles que agridem e destroem as maravilhas da criação de Deus... e aqui caberiam muitos outros que praticam atitudes abomináveis diante do Senhor. Neste ponto, é preciso ser franco: todo aquele que é adorador da morte na verdade é adorador do diabo, pois o diabo é o autor do pecado, e o pecado é o causador da morte. Desde o primeiro profeta, passando pelos mártires e santos, até chegar aos dias de hoje, esta é uma verdade que nunca deixou-se calar.
Agora, cansados da poeira da estrada em que caminhamos, todos nós, filhos de Deus e seguidores de Jesus, gritamos e imploramos: “Envia teu espírito, Senhor, e renova a face da terra”!
Como num vendaval terrível, pedimos que teu espírito vivificante venha purificar este mundo tão sujo de pecado e dissipar as trevas do erro que cobrem a humanidade. Queremos que o teu espírito fecunde as mentes daqueles que escrevem as leis da nossa sociedade para que despertem para a vida e reconheçam que há somente um Deus único e verdadeiro, o criador de tudo e de todos, o Senhor que dá a vida e a mantém existindo. Sem Deus, tudo volta ao nada, de onde foi tirado. É apenas isto que a humanidade precisa entender. Apenas isto!

Nilson Antônio da Silva

terça-feira, 1 de julho de 2008

A Memória


Hoje em dia, todos certamente concordarão, vivemos num ritmo acelerado em que tudo chega até nós em quantidades imensuráveis. Uma enorme quantidade que nem sempre vem acompanhada de qualidade.

Somos bombardeados por informações das mais diversas possíveis; lemos jornais, livros e revistas sobre os mais variados assuntos; assistimos filmes e seriados e telejornais que abordam os mais vastos temas... Enfim, vivemos numa sociedade fundamentada na informação e na transformação constante. Então, como agir diante de tudo isso? Melhor ainda, como reagir de forma a guardar apenas o que realmente é importante e necessário para melhorar a nossa vida?

Ora, nossa mente não é capaz de manter tudo que chega a ela sem parar. É preciso que haja critérios de escolha para preservar o que é bom e descartar o que é ruim. E como fazer isso?

Santo Agostinho, doutor da Igreja, indica-nos um caminho ao qual podemos nos lançar confiantes em suas palavras... Ele fala sobre a memória, a memória individual que nos faz e nos constitui como pessoa única. Esta mesma memória, segundo o Hiponense, leva-nos a sentirmos saudades de Deus, nosso criador e salvador, porque traz preservado em nossa alma a lembrança da felicidade eterna.

"Chego aos campos e vastos palácios da memória onde estão os tesouros de inumeráveis imagens trazidas por percepções de toda espécie. Aí está também escondido tudo o que pensamos, quer aumentando quer diminuindo ou até variando de qualquer modo os objetos que os sentidos atingiram. Enfim, jaz aí tudo o que se lhes entregou e depôs, se é que o esquecimento ainda o não absorveu e sepultou... ...Quem poderá explicar o modo como elas se formaram, apesar de se conhecer por que sentidos foram recolhidas e escondidas no interior?..."

Sem memória, o que somos? É na memória que nos reconhecemos como pessoa única diante do mundo e diante de Deus, com todas as responsabilidades que este reconhecimento nos leva a aceitar e cumprir.

Nilson Antônio da Silva