O Primeiro Isaías tem por tema central a “Santidade de Deus”, mostrando que somente Deus é absoluto.
Em meados do século VIII a.C., a região que compreende o Oriente Médio passava por grandes mudanças políticas internacionais e, nesse contexto, Isaías condena a aliança com as grandes potências e mostra que a nação hebraica somente será salva ao permanecer fiel a Deus. Ora, a Assíria readquirira grande poder e seu rei, Teglat-Falasar III, começou a perturbar a tranqüilidade de todos os países da região. Entretanto, o reino de Judá vivia um período de grande prosperidade tanto econômica quanto política. Porém, essa prosperidade estava baseada na exploração das camadas sociais mais baixas e as injustiças e corrupção eram freqüentes. No final do reinado de Joatão, por volta de
Durante o reinado de Acaz, sucessor de Joatão, Isaías retoma suas atividades proféticas. Ainda no reinado de Joatão, houvera a guerra siro-efraimita, isto é, uma coalizão entre os reinos de Israel e Aram, os quais se uniram para enfrentar o avanço dos assírios. Joatão foi convidado para participar dessa coalizão, mas preferiu se manter neutro. Após a morte de Joatão, Acaz subiu ao trono e também foi pressionado a se aliar à coalizão. Tendo sido ameaçado de perder o trono, ele ficou numa difícil situação entre apoiar os dois reinos ou então pedir proteção à Assíria contra ambos. Nesse contexto Isaías exerce seu ministério, cujos oráculos encontram-se fragmentados nos capítulos
Quando Acaz morreu, o seu herdeiro e sucessor no trono tinha apenas cinco anos. Seu nome era Ezequias. Até que o pequeno rei atingisse a maioridade, o governo foi exercido por um regente. Nesse ínterim, Teglat-Falasar III também morreu, sendo sucedido por Salmanasar V, e a coalizão dos reinos de Israel e Aram foi destruída pelos assírios, os quais se põem a conquistar as terras palestinas. Os oráculos dessa época estão espalhados pelos capítulos 14, 18, 20, 28 e 30.
Em
A mensagem de Isaías é bem clara, pois ele afirma que Deus não obriga ninguém; o Senhor apenas convida o homem se decidir entre a conversão e a vida ou a teimosia e a morte. Para Isaías, o que Deus quer é um culto puro e santo, e não um culto realizado por uma sociedade baseada na injustiça e na exploração dos mais fracos. Do que adianta um culto bonito dentro do templo se a sociedade está mergulhada em corrupção, ambição e ganância? Ora, é justamente essa situação de pecado que tem como conseqüência a invasão do país pelos assírios. Deus julga a sociedade e faz justiça aos oprimidos. E somente um “resto” se salva.
Isaías condenou tão veementemente as alianças com as potências estrangeiras porque via nisso um abandono do plano de Deus para o povo hebreu. Ora, Deus queria que seu povo praticasse a justiça e o servisse de coração puro. A partir do momento em que os interesses econômicos, políticos e religiosos de outros povos começam a interferir na vida do povo de Deus, este mesmo povo começa a se distanciar da Palavra do Senhor e se perde em meio às práticas de opressão e injustiça.
Isaías é chamado de “profeta evangelista” e também de “rei dos profetas”. Muitas de suas profecias são claramente identificadas e cumpridas em Jesus.
Nilson Antônio da Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário