sábado, 27 de outubro de 2007

A Vida


Deus, eterno e perfeito, deu-nos a vida por amor e por amor mantém a nossa existência. Deus, vivo e onipotente, por sua vontade quis que pudéssemos viver aqui na terra e, um dia a seu lado, vivermos na eternidade contemplando a sua glória e gozando da felicidade perfeita. Deus, no infinito de sua sabedoria, deu-nos a capacidade de sabermos da sua existência e pôs em nosso coração o desejo de estarmos a seu lado. Deus encheu-se de amor por nós e derramou em nossa alma este amor tão ardente e tão magnífico.
Jesus, a Palavra de Deus que se fez homem e quis compartilhar de nossa vida humana, esteve na terra para nos mostrar as maravilhas que o Senhor preparou para cada um de nós na eternidade. Jesus experimentou as dores e as alegrias que sentimos, enfrentou as dificuldades e solidões por que passamos, conviveu com amigos e parentes da mesma forma como também nós convivemos.
Jesus, quando chegou diante do túmulo onde tinham colocado Lázaro, comoveu-se profundamente e chorou pelo amigo. Ora, Jesus e Lázaro eram amigos e o Senhor sempre deu um imenso valor às amizades. Jesus sofreu a dor da perda do amigo estimado, como tantas vezes também nós sofremos. Por isso, o Senhor chorou. E tão grande foi a dor que Jesus sentiu que ele, que é o Senhor da vida, mandou que Lázaro se levantasse e voltasse a viver. E ele saiu vivo!
A vida, dom mais perfeito de Deus, é a manifestação mais perfeita da glória de Deus. Viver é glorificar a Deus e reconhecê-lo como Senhor e Criador de todas as coisas. Reconhecer o direito à vida é reconhecer a soberania de Deus sobre toda a criação. Tudo foi feito por Deus, por isso tudo pertence a Deus. A vida de cada pessoa pertence a Deus desde o princípio até à eternidade. A vida de cada ser vivente pertence a Deus desde o princípio até o seu fim.
Quem ama a Deus, ama a vida que o Senhor dá e respeita a vida de seu semelhante e a vida de todos os seres viventes.
Nilson Antônio da Silva

sábado, 6 de outubro de 2007

O Amor A Deus


Chegará um tempo em que todos nós contemplaremos a face de Deus e olharemos em seus olhos frente a frente. Todos nós, independente de como tenhamos vivido, ficaremos diante de Deus e olharemos Aquele que é nosso Criador.
Em um de seus livros, o notável escritor C.S. Lewis narra numa bela alegoria o que acontece diante da contemplação da face de Deus. Diz ele, de maneira muito bonita que, quando as pessoas se apresentavam diante do Leão Aslam, metáfora de Jesus, semelhante ao Leão de Judá, algumas eram tomadas de um infinito amor por ele e outras eram tomadas de um ódio terrível por ele. Aquelas que se enchiam de amor pelo Leão permaneciam ao seu lado direito e aquelas que se enchiam de ódio por ele atiravam-se desesperadas nas sombras da escuridão do seu lado esquerdo.
Ora, estas palavras de Lewis refletem de forma poética o que Jesus afirmou tantas vezes sobre aqueles que o amam e sobre aqueles que o odeiam. Jesus chama de benditos àqueles que o amam e de malditos àqueles que o odeiam. E mais, aos benditos ele convida-os a tomarem posse do Reino do Céu e aos malditos ele manda que vão para o fogo eterno. Aos que têm um bom coração Jesus chama-os de ovelhas e aos maus ele os chama de cabritos.
Estas são palavras duras, mas são palavras de Jesus! Amar a Deus é uma escolha livre assim como odiar a Deus também é uma escolha livre. A decisão é tomada por cada um livremente e ninguém pode decidir por outra pessoa. Encher-se de amor por Jesus e permanecer ao seu lado é uma escolha livre e pessoal assim como encher-se de ódio pelo Senhor e atirar-se nas trevas também é uma escolha livre e pessoal.
As pessoas de bom coração, ainda aqui na terra, já contemplam na fé a face de Deus e se inflamam de amor por ele. E as pessoas de coração mau, também aqui na terra, já estão se atirando nas trevas e odiando Jesus. O bom coração, que busca fazer a vontade de Deus, é cheio de luz e de amor aos outros. Já o coração mau, que nega fazer a vontade de Deus, é cheio de egoísmo e de ódio a todos e a tudo.
Como Jesus disse, não basta sair por aí dizendo ‘Senhor, Senhor”. É preciso viver a palavra de Deus, é preciso vivenciar no cotidiano o evangelho, é preciso carregar a cruz de cada dia e seguir Jesus ao alto do Calvário. Somente assim seremos chamados de benditos e nosso coração encher-se-á de amor a Deus.
Nilson Antônio da Silva